
Sophi,
Quando soube que você vinha ao mundo, eu com 14 anos, auge do egoísmo da adolescência, morri de ciúmes.
Eu sempre fui ciumenta com meu irmão Rodrigo, o coitado bem sabe. Agora, naquela altura do campeonato eu teria que dividir mais um pouco o meu espaço que já era conquistado.
Morri!
Imagina, eu era a “menininha do papai” e ia me aparecer na vida, do nada, um serzinho, menina e ainda com um nome lindo....Não era para menos, né?
Todos me falavam que eu estava ganhando um presente, que seria uma companhia para a vida toda, etc. e tal.
Os mais velhos são sábios mesmo, pois tenho certeza que presente maior e melhor eu não poderia ter ganho.
Só o mesmo, depois, e em dobro, com a vinda da Clarice.
Não demorou muito para eu começar a desfilar toda alegre e orgulhosa, com você debaixo dos braços, mostrando o meu presente de nome lindo: fofinho, loirinho, simpático, meu!
Cada pedaço da sua vida tenho estado junto. E estarei para sempre.
Pois uma menina como você não é só um presente ter por perto, é uma benção.
Quando você era menor, todos falavam que nosso olho redondo era parecido, que o estilo de corpo também, as nossas pernas grossas...
Hoje, mais do que o olho, pernas e barriguinha saltitante, me reconheço em você, na sua personalidade....E você não sabe o quanto...
Menina descolada, esperta, pensamento rápido, boa conversa, bem humorada, antenada, destemida e sem (muitas) frescuras...
Ai!
Como sentirei saudades de passar na sua casa, receber seu abraço, bater nosso papo, estudar com você, ver sua vida caminhando...
Minha ausência Sophia, vai ser por pouco tempo e passará rápido.
Ano que vem logo chegará e no seu aniversário (dia 15 como o meu) estarei aí! Para mais uma vez olhar você soprar as velas e, junto, agradecer por tê-la na minha vida.
Beijo,
Marianna